Londrina entra em estado de emergência por causa das chuvas
Medida deve acelerar repasse de verbas
por parte do Estado e da União. Chuva causou uma morte, desalojamentos e
alagamentos em Londrina
17/10/2011 | 16:09 | atualizado
em 17/10/2011 às 18:03Flávio Augusto, Bruna
Komarcheski, Rafael Fantin e Amanda de Santa
De 12 a 15 de outubro, o volume de chuvas que caiu na cidade foi maior do que a média histórica prevista para o mês inteiro, que é de 140 milímetros. Desde quarta-feira, foram registrados 165 milímetros, mas da metade somente no último sábado (15), que causaram destruição e inundações em diversos pontos da cidade. O universitário Luiz Henrique Caetano, de 26 anos, morreu por conta da chuva. Depois de cair de sua bicicleta e ser arrastado para dentro do córrego Bom Retiro, na Vila Portuguesa, o corpo do jovem foi encontrado somente no domingo, no Ribeirão Quati, próximo à Rodovia Carlos João Strass, na Vila Yara.
No sábado, o Lago Igapó transbordou, deixando muitos carros embaixo d’água, parte do asfalto da pista foi arrastado.
Estado de emergência
Em entrevista coletiva, o prefeito explicou que o estado de emergência terá duração de 60 dias – prorrogáveis por mais 60 . O decreto tem objetivo de facilitar os processos de licitação para recuperar áreas destruídas pela chuva. O prefeito não soube informar, contudo, qual será o valor necessário para os reparos. O levantamento será feito pela secretaria de Obras.
Entre outras obras, o município protocolou junto ao governo estadual recursos para reconstrução de cinco pontes: a transposição da barragem do lago Igapó I; a ponte Ribeirão do Lindóia – prolongamento da Avenida Maritacas no conjunto Eucaliptos; a ponte na ligação nos jardins Bandeirantes e Sabará; a ponte no distrito de Guairacá sobre o rio Barra Funda; e a ponte Água do Cerne no distrito de São Luiz. Foram solicitadas, ainda, verbas do Programa de Recuperação Asfáltica de Pavimento (RECAP).
Interdição
Um prédio do Residencial Lindoia, na zona leste de Londrina, foi interditado pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil por conta do risco de desabamento. A sequência de dias chuvosos fez com que a estrutura do edifício apresentasse rachaduras e trincas nas paredes, escadas e no terreno do entorno. Dezesseis famílias que moravam no prédio, localizado na Rua João Stringheta, evacuaram o local no domingo.
Segundo o engenheiro da Companhia de Habitação (Cohab) e membro da Defesa Civil em Londrina Heleno Solano Rabello, que esteve no local, a obra é de responsabilidade da Caixa Econômica Federal (CEF) e tem cerca de seis anos. Moradores informaram que o prédio já apresentava algumas rachaduras, que foram agravadas pelas chuvas que caíram na cidade nos últimos dias.
Conforme o Corpo de Bombeiros, os estragos causados pela chuva em Londrina inclui uma morte, 61 desabrigados, 14 casas danificadas, 42 alagamentos, duas quedas de árvores e uma de ponte, além de dois princípios de incêndio.
Com o hitórico volume de água que caiu em Londrina no final de semana, a população foi muito afetada, muitas ruas foram destruidas e muitos edifícios danificados. Com um verdadeiro cenário de destruição, a cidade se mostra com um fraco planejamento,assim, o prefeito Barbosa Neto veio a declarar estado de emergência, com o intuito de acelerar a liberação de verbas para a reparação da cidade. Mesmo sem um valor definido, as despesas provavelmente serão enormes.
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